Exposição - “Florestas para o Futuro” nas 13 Bibliotecas Municipais do Médio Tejo


A tragédia dos incêndios de 2017 foi o mote para esta exposição intermunicipal. Continuando presente na memória de todos aquela catástrofe, a região do Médio Tejo pretende sensibilizar a população sobre as “Florestas do Futuro”, invocando também aquele flagelo para evitar que o mesmo caia no esquecimento e que as suas lições não sejam ignoradas. Deste modo, no dia 22 de fevereiro ocorrerá a abertura simultânea da exposição “Florestas do Futuro”, nas 13 bibliotecas municipais da região do Médio Tejo.

Os municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, Vila de Rei, com o envolvimento do Grupo de Trabalho das Bibliotecas Municipais do Médio Tejo justificam-na com o argumento de que este é “um assunto que nos diz respeito a todos”:

- mesmo que não tenhamos terrenos para limpar!

- mesmo que vivamos em meio urbano e longe dos fogos florestais!

Porque se uma comunidade é um conjunto de iguais na diferença, não o seremos se não formos solidários”.

Nesta exposição pretende-se dar voz às preocupações quotidianas das comunidades”, “sistematizar e disponibilizar toda a informação publicada na imprensa sobre a problemática dos incêndios” e “contribuir para o intercâmbio dessa informação e para a construção de conhecimento sobre o assunto”. É ainda objetivo “fomentar uma reflexão abrangente sobre o tema dos incêndios florestais, contribuindo para a formação da consciência crítica dos cidadãos e das comunidades”, “sensibilizar as populações para a necessidade de assumirem a prevenção como tarefa de todos” e “contribuir para a persecução dos «Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável» da ONU”.

A realização desta exposição nas bibliotecas segue um propósito definido, pois como refere a organização “uma biblioteca é um espelho da sociedade e simultaneamente o seu repositório de memória e, nesse sentido, o testemunho das suas ações e o reflexo da sua consciência. Tem o dever de informar, de educar ao longo da vida, de formar a consciência crítica dos cidadãos, através da informação que, nos termos do Manifesto da UNESCO para as Bibliotecas Públicas, «lhes permita exercer os seus direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade»”.

A realização desta exposição está integrada na “Ação de Divulgação e Comunicação – Médio Tejo – Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas - Florestas para o Futuro” que prevê o apoio do POSEUR.

A abertura desta exposição em simultâneo nas bibliotecas dos treze municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo “amplia em muito os possíveis impactos junto das populações e dos média e volta a chamar a atenção para o problema, numa altura em que seria suposto ser um assunto fora da agenda. Constitui também um exemplo de cooperação intermunicipal e de solidariedade na diferença, pois embora com territórios desigualmente suscetíveis aos incêndios florestais, todos pertencem a uma mesma comunidade”.

A escolha do mês de fevereiro para esta mostra não foi inocente, isto porque “o que aconteceu ultrapassou a escala do que é pontual e episódico, exigindo uma dimensão intemporal assente em causas estruturais e porque uma das intenções é exatamente contrariar a tendência de só se falar dos incêndios quando o país está a arder e fingir que tudo está bem quando é inverno”. Para o mês de março, está previsto um programa cultural a divulgar em breve.

Em Ferreira do Zêzere a inauguração será às 10h00 na Biblioteca Municipal Dr. António Baião.