De 1 a 30 de novembro
Sob
este título pretende-se, na sequência dos carros de “monsieur tout le monde”,
objecto da exposição do mês passado, evocar a época e os carros de rali que
(inicialmente) em pouco diferiam dos modelos comercializados ao grande público.
Estava-se muito longe dos
ultra-sofisticados modelos e equipas de fábrica que hoje em dia se confrontam
nas grandes provas de competição na disciplina de rali, recorrendo aos últimos
desenvolvimentos tecnológicos, nas diversas áreas da engenharia automóvel
(mecânica e electrónica, nomeadamente) e a sofisticadas práticas e
tácticas de gestão no que toca a pilotos e equipas.
Ilustramos o tema deste mês com 21
modelos, entre 1956 e 1969, desde alguns mais surpreendentes ou inesperados a
outros que se ilustraram em feitos desportivos de grande repercussão e alcance
internacional (e comercial).
R. Figueiredo Simões
Marcos da história do automóvel – 7
CITRÖEN 2CV - um ícone automóvel
Lançado
em 1948, teve origem num projecto que o definia como “um chapéu de chuva sobre
rodas”: um carro simples e muito acessível, fácil de conduzir e de manter.
Concebido para os ambientes rurais, o
2CV, que deveria ser capaz de transportar quatro adultos (todos usando chapéu)
e 50 kg de batatas, revelou-se adequado à crise do pós-guerra e com facilidade
conquistou a cidade.
Foi projectado por André Lefèvre, após a
morte de André Citröen e o colapso da sua marca vítima da depressão económica,
quando Pierre Michelin e Pierre Boulanger, que segundo a lenda, determinou que
teria de ser capaz de transportar um cesto de ovos pelos campos lavrados sem
que nenhum se partisse, assumiram os destinos da Citröen, por conta da Michelin
que a adquirira. E realmente, a sua suspensão revelou-se particularmente suave.
Tanto que, inicialmente, se chegou a pensar tratar-se de um golpe publicitário…
R. Figueiredo Simões