Antero de Quental, um dos
maiores nomes da nossa literatura, da filosofia e política nasceu há 170 anos.
Assinalamos a efeméride na
sala de leitura da nossa Biblioteca com alguns dos seus livros.
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.